PEDRO GALVÃO - RN

Posted 06:48 by Born Brazil in Marcadores:

A foto foi tirada nos jardins da minha avó Nazareth, em 1991, pela minha Tia Marta.

Tia Marta esteve presente tanto na minha infância, quanto na minha adolescência, e boa parte das minhas fotos antigas foram tiradas por ela. Inclusive, os óculos que estou usando na foto também eram dela.

Durante os primeiros anos de escola eu "namorava" algumas garotas: escolhia uma ou outra e imaginava que era minha namorada, como muitas crianças fazem. Aos poucos fui percebendo que elas não me interessavam e não despertavam nenhum desejo em mim, e que eu só gostava de estar próximo delas para poder conversar, brincar e dividir segredos. Acho que realmente entendi que era gay com uns 7 ou 8 anos.
Nas aulas de Educação Física, os meninos jogavam futebol e as meninas jogavam queimada, e eu tinha o costume de pedir à professora para jogar queimada com as meninas. Na hora do recreio sempre estava rodeado pelas meninas, nunca me dei bem com os meninos e até hoje não consigo manter amizade com nenhum cara hetero. Não me sinto à vontade para isso.

Na pré-adolescência eu curtia andar nas pontas do pés, interpretando cenas de novela ou desfilando. Quando estava sozinho em casa brincava de me maquiar e calçava os sapatos da minha mãe e, depois que minha irmã nasceu, pegava as bonecas dela para brincar. Também adorava dançar as coreografias das Spice Girls com minhas primas.

Minha mãe sempre soube da minha orientação sexual, mas preferia fazer vista grossa. Algumas pessoas da família comentavam que eu poderia ter distúrbios hormonais e aconselhavam ela a me levar a médicos, psicológos, etc. Até hoje minha mãe acredita que a homossexualidade é definida por um fator genético ou alguma "má influência". Ela não entende que eu simplesmente nasci assim.
Saí do armário duas vezes, uma aos 15 anos (que meus pais preferiram esquecer) e outra aos 21 quando comecei a namorar pela primeira vez. Foi de sopetão, porque todos ficaram sabendo através de um primo que me viu com meu namorado e contou para outras pessoas, até chegar aos ouvidos dos meus pais. Depois de um período turbulento as coisas se acalmaram e a maioria dos familiares nem toca mais no assunto.

Minha primeira paixão platônica chegou meio tarde, e foi por um participante do BBB: o Daniel Saullo da sexta edição. Chorei feito criança quando ele foi eliminado. (¬¬)

TWITTER DO PEDRO: @whatPedrowants






Pedro hoje em dia.


1 comment(s) to... “PEDRO GALVÃO - RN”

1 comentários:

Anônimo disse...

Adorei a paixão pelo Daniel Saullo. kkkk



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